Deputado garante ter sido 'curado por Jesus' | Foto: Max Haack / BN
O
deputado estadual Pastor Sargento Isidório (PSB) causou polêmica em seu
discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) na
última terça-feira (29). Além de ter prometido entrar com uma ação na
Justiça contra o colega Luciano Simões (PMDB), o socialista, que diz ser
ex-homossexual, ex-bandido e ex-viciado em drogas, afirmou que, há 18
anos, também estava com o vírus da Aids. Questionado pelo Bahia
Notícias, nesta quinta-feira (31), sobre a declaração feita no
parlamento, Isidório afirmou que “tem quase certeza” de que havia sido
infectado pelo HIV e foi curado da ainda incurável doença. “Imagina
alguém que não falava, não andava, que não tinha força nem para cuspir.
As pessoas que me visitavam diziam: ‘olha Isidório como está magro,
caquético, acabado’. Meu sistema imunológico estava muito fraco e todos
os caminhos fazem crer que eu estava com essa doença”, avaliou. De
acordo com o parlamentar, pelo menos dez pessoas soropositivas estão
internadas no centro de ressocialização para dependentes químicos
comandados por ele, a Fundação Dr. Jesus, em Candeias, e têm "os mesmos
sintomas" que ele tinha há duas décadas. Isidório garante que foi
“curado por Jesus”. “Jesus mudou meu viver. Me botaram caído, mas
levantei e Jesus me curou, não só física, mas moralmente. Isso parece
que incomoda a determinadas pessoas", pregou. Em relação à querela com
Luciano Simões, ele disse que avaliará com sua assessoria jurídica quais
providências tomará. O pastor, sargento e deputado se irritou com uma
entrevista dada pelo peemedebista à Rádio Metrópole. "Ele disse que eu
recebo R$ 14 milhões [em repasses do governo] para cuidar de 100
pessoas. Isso é um desserviço à sociedade. Difamar uma entidade que tem
18 anos e que já foi visitada por diversas autoridades, inclusive o
secretário de Justiça e Direitos Humanos? Acho que não me resta outra
alternativa [a não ser ingressar na Justiça]", ameaçou. Conforme
Isidório, 1.118 pessoas estavam internadas na Dr. Jesus na terça-feira.
Na tribuna da AL-BA, Luciano Simões disse que usou dados do Ministério
Público para fazer as acusações.
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