Esporte Espetacular fala com exclusividade com Budhia Singh, hoje com 12 anos.
Pela
primeira vez uma equipe de televisão foi autorizada a mostrar onde vive e o que
faz esse fenômeno indiano que hoje treina em uma academia estatal, ainda não
pode competir com outros meninos por conta das leis indianas e está blindado
por sua nova treinadora.
O repórter
Kiko Menezes foi até o superpopuloso país para saber como está Budhia Singh.
Ele conta a história do menino que nasceu em uma comunidade miserável em
Bhubaneswar, no estado de Orissa. Ele foi vendido por sua mãe, Sukanti, para um
comerciante por cerca de R$ 40. Mas quis o destino que entrasse no caminho de Budhia
o treinador Biranchi Das, dono de uma academia de judô para jovens pobres. Um
dia, por acaso, Das observou que o Singh, com apenas 3 anos, já mostrava
talento como corredor e começou a treiná-lo.
Os
treinamentos eram exaustivos; as distâncias, inacreditáveis. Mas Singh era
realmente um fenômeno e alcançava marcas que nenhum menino de sua idade já
havia alcançado. Por conta das façanhas de Singh, estimuladas por Das, o menino
teve o nome registrado no Livre dos Recordes e virou tema do documentário Marathon
Boy, da cineasta inglesa Gemma Atwal. Em 2006, ele correu 65km sem descansar,
em mais de sete horas, aos 6 anos de idade. Foi neste mesmo ano que as
autoridades estaduais de Orissa proibiram Budhia de correr longas distância,
Biranchi Das foi acusado de intimidação e tortura, embora as acusações tenham
sido retiradas posteriormente.
Em 2008,
Biranchi Das foi assassinado, em um caso não relacionado com o jovem
corredor.
Sem treinador, Budhia voltou a viver com a mãe antes de se transferir
para uma
academia de esportes estatal localizada no estádio Kalinga, onde é
treinado por Rupanita Panda, frequenta a escola, pratica outros esportes
e não precisa passar por provas extenuantes de sua habilidade de correr
longas distâncias.
G1
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