Foto: Divulgação
A prometida representação junto ao Ministério Público da Bahia (MP-BA) para investigar a atual gestão do Esporte Clube Bahia, sob o comando do presidente Marcelo Guimarães Filho, saiu da pauta de “prioridades” da bancada governista na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A ação, que seria endossada pelos 46 integrantes do colegiado na Casa, garantida em menos de 24 horas depois do sepultamento da CPI do Futebol, só conta atualmente com oito rubricas e, de acordo com o líder da bancada, deputado Zé Neto (PT), a representação só será entregue ao MP-BA se houver unanimidade entre os governistas. “Até agora só temos oito assinaturas e não podemos fazer nada sem a legitimação da Casa. Houve uma consternação inicialmente, mas parece que os últimos resultados do Bahia amoleceram o povo. Estou aguardando qual fim terá essa história”, afirmou o petista, que é torcedor do Fluminense de Feira, em entrevista ao Bahia Notícias. Entre os problemas passíveis de investigação do órgão, que seriam apresentados pelo colegiado, estão a venda de direitos federativos de jogadores, os contratos de patrocínio, a aplicação dos recursos provenientes de tais transações e questões administrativas, como o processo eleitoral do clube baiano.
Entretanto, apesar de os parlamentares terem “amolecido”, o advogado Antonio Rodrigo Machado, responsável junto com Marcus Tonnae Silva pela denúncia contra o dirigente junto à Procuradoria Geral da República (PGR), informou que o processo entregue ao procurador-geral Roberto Gurgel poderá ser enviado ao MP-BA. Isso porque, Marcelo Guimarães Filho já deixou o cargo de deputado federal e perdeu a imunidade parlamentar. O cartola era suplente de João Carlos Bacelar (PR-BA), que pediu licença para estudar inglês na Califórnia, nos Estados Unidos, e retornou ao mandato no último dia 6 de junho. “Ele [MGF] passa a ser um cidadão comum. A Procuradoria [Geral da República] pode ter encaminhado o pedido ao STF [Supremo Tribunal Federal] para abertura de investigação, e o STF não ter processado ou julgado. Com a saída dele do cargo [de deputado], isso poderá ir para o Ministério Público da Bahia. E tudo que já foi investigado pela Polícia Federal também vai junto. Agora, qual forma e quais são os termos, vai depender da Procuradoria Geral da República”, ponderou o jurista baiano, que reside em Brasília, ao BN. "O nosso interesse é que, quando isso chegar, o Ministério Público da Bahia realize uma investigação profunda sobre todas as questões relatadas ao procurador-geral da República", explicou. Na ação, os advogados acusam Marcelo Guimarães Filho dos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
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