Geddel pediu aos torcedores que não confundissem futebol com política partidária
O atropelo que o Esporte Clube Bahia sofreu, neste domingo (12), na Arena Fonte Nova, primeiro jogo da decisão do Campeonato Baiano deste ano, sobrou até para o PMDB estadual. No clássico, o tricolor foi goleado pelo Vitória por 7 a 3, a pior derrota para o rival em 65 anos. Embora o apelo do presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica, Geddel Vieira Lima (PMDB), para que os torcedores não misturassem política partidária com futebol, alguns revoltados cobraram nas redes sociais um posicionamento do partido e do líder peemedebista baiano. O motivo: o presidente do E.C. Bahia Marcelo Guimarães Filho – principal alvo dos protestos – é filiado ao PMDB e exerce atualmente o mandato de deputado federal, após substituir João Carlos Bacelar (PR), que pediu licença do cargo para estudar inglês na Califórnia, nos Estados Unidos.
A entrada do dirigente-parlamentar foi alvo de uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), após o deputado Sandro Mabel (PMDB-GO) ser derrotado por Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na eleição para escolha do líder da legenda na Câmara, em fevereiro. Mabel, que não contou com o apoio do deputado federal e presidente da sigla no estado, Lúcio Vieira Lima, acusou de "manobra" a entrada de MGF, que é suplente e votou em Cunha, na véspera da escolha do novo comandante peemedebista – o STF já negou liminar. “Até nessa hora você defende seu afiliado? Porque ao invés de falar muito você não faz alguma coisa de útil (sic)”, disparou no Twitter o internauta Márcio Oliveira. Na réplica, o político questionou: “Diga como, objetivamente, não misturando paixão por futebol com política partidária”, escreveu Geddel. Na tréplica, o torcedor tentou mostrar um possível caminho: “Sou uma pessoa apartidária. Você poderia agora encabeçar uma mudança... Corte o patrocinio da Caixa [Econômica Federal] até que se mude o estatuto”, sugeriu. “É um caminho a ser discutido. Tratarei disso com demais integrantes da direção do banco”, minimizou Geddel. O clima esquentou ainda mais quando um torcedor ameaçou fazer campanha contra o PMDB nas eleições de 2014. “Enquanto MGF figurar na legenda do PMDB nem eu nem minha família votaremos no Sr !”, tuitou, indignado, Raul Araújo. Após a cutucada, o dirigente da Caixa foi irônico com o torcedor na resposta: “Ok, registrado seu aviso. Agradeço”, anotou. As diversas desavenças e discordâncias com adeptos do Esquadrão de Aço não permitiram outro caminhou a Geddel a não ser emendar o coro dos tricolores humilhados e revoltados. “Humilhante, humilhante. Esse time não ganha de ninguém no Brasileiro. (...) Chega, PQP, chega. Não da mais MGF, não dá mais (sic)”, esperneou o peemedebista.
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