Após derrubar CPI do Futebol, deputados governistas acionam E.C. Bahia no MP

quinta-feira, maio 23, 2013

Após derrubar CPI do Futebol, deputados governistas acionam E.C. Bahia no MP

Fotos: Max Haack/ Ag. Haack/ Bahia Notícias
Menos de 24h após a articulação para a retirada de assinaturas que derrubou a CPI do Futebol na Assembleia Legislativa, os deputados governistas resolveram acionar o Esporte Clube Bahia no Ministério Público Estadual (MP-BA). De acordo com o líder da bancada, Zé Neto (PT) – que é torcedor do Fluminense de Feira –, a representação será endossada pelos seus 46 integrantes, independentemente de coloração clubística individual, e entregue até a próxima terça-feira (28) à promotoria. O argumento é o de que, como a agremiação é uma entidade privada, a investigação não caberia à Casa, mas sim ao MP. "Se somos impossibilitados como deputados, nada nos impede como cidadãos, defensores do interesse público, com mandatos que têm responsabilidade com questões sociais, buscar o MP. O que levou o time à fragilidade? Esse elemento pode trazer à torcida mais transparência aos atos do clube", argumentou o petista. O documento será entregue diretamente ao procurador-geral Wellington César Lima e Silva.

Entre os pontos passíveis de apuração, no entendimento do deputado Zé Neto, estão as vendas de direitos federativos de jogadores, os contratos de patrocínio, a aplicação dos recursos provenientes de tais transações e até mesmo questões administrativas, como o processo eleitoral do tricolor. "Caberá ao MP verificar a constitucionalidade desses aspectos e aí estaremos dando resposta à sociedade e a nossa contribuição", argumentou, ao complementar: "Não há aplicação de recursos públicos diretos, mas há incentivos indiretos. O Bahia é um patrimônio da Bahia, tanto no aspecto cultural quanto econômico, e é preciso criar uma situação que objetivamente possa trazer mais respostas ao seu torcedor". A Comissão Parlamentar de Inquérito engavetada, além do Esquadrão de Aço, pretendia averiguar os demais clubes baianos e a Federação de Futebol, bem como, segundo a oposição, supostos contratos irregulares da Embasa e Arena Fonte Nova que atingiriam o governo do Estado.

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