A morte do adolescente Leandro Moura de Jesus, ocorrida no dia 1° de abril na cidade de Santo Antonio de Jesus, Recôncavo baiano, por suspeita de dengue hemorrágica, ainda não foi esclarecida para a família, disse a cunhada da vítima Maria de Lourdes de Jesus, em entrevista ao Bahia Notícias. “Lá [em Santo Antonio de Jesus] eles assinaram o laudo como dengue hemorrágica e a secretaria do município pediu que tirasse uma mostra do sangue dele e mandasse para o Lacen em Salvador. Essa amostra quando saiu não deu dengue hemorrágica, deu ‘reagente a rubéola’. Quer dizer, eles dizem uma coisa, o hospital diz outra”, protestou. Para ela, outros exames que podem esclarecer o caso ainda estão retidos no hospital. “A gente foi no Ministério Público e conseguiu um ofício. Levamos para o hospital, mas já tem 15 dias e eles ainda não deram [resposta]”, cobrou. A comerciante disse também que um teste feito ainda em Amargosa dois dias após a primeira internação (no início disseram que poderia ser ‘gazes’ ou apendicite), no sábado (30 de março), dava conta de que o jovem apresentava “sintomas da dengue”. Quando transferido para Santo Antonio, o paciente foi recebido com outro diagnóstico. “O médico falou que os exames [feitos] em Amargosa não batiam com o quadro clínico. Ele disse que as plaquetas do sangue estavam normais e não tinha como ter dengue hemorrágica”, relatou. Maria de Lourdes ainda afirmou que, na segunda (1° de abril), foi confirmada a doença, mas o adolescente veio a falecer horas depois da comprovação. De acordo com ela, a administração de um antibiótico também agravou o estado clínico do cunhado. Outra queixa de Maria de Lourdes é que disseram a ela que a transferência do adolescente para Salvador estava garantida, o que não ocorreu. “Foi preciso eu ligar para garantir a vaga”, declarou. (Veja aqui a certidão de óbito da vítima).
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