Moradores protestaram contra ação policial no bairro |Foto: Correio
O Grupo de Atuação Especial para o Controle Externo da Atividade
Policial (Gacep), do Ministério Público da Bahia (MP-BA), ouviu nesta
segunda-feira (4) quatro pessoas próximas aos dois jovens mortos em um
suposto tiroteio com policiais militares no bairro da Saramandaia, em
Salvador, no último dia 30 de julho. O estudante Alexandre Oliveira da
Silva, de 14 anos, e o servente Rafael Muniz Barreto, 19, foram baleados
pelos PMs e não resistiram. O MP-BA instaurou procedimento para
acompanhar o Inquérito Policial Militar aberto pela corregedoria-geral
da corporação para apurar as circunstâncias das mortes. O Gacep deu
início ao procedimento na última quinta (2). De acordo com a promotora
de Justiça Kárita Conceição Lima, ofícios foram encaminhados ao
Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), para que os laudos
cadavéricos, com esquema de lesões e fotografias das vítimas, sejam
apresentados ao órgão. Solicitações também foram enviadas à 11ª
Delegacia Territorial (DT) para que a unidade informe se instaurou
procedimento investigatório sobre o caso. Na semana passada, moradores
da localidade realizaram protestos e defenderam a inocência das vítimas.
De acordo com testemunhas, os dois estavam perto do Campo da Horta
quando foram baleados. O comando da PM afastou das ruas 16 homens
envolvidos na ação. Os PMs, oito lotados na 1ª Companhia Independente da
PM (CIPM), em Pernambués, bairro próximo a Saramandaia, e oito
integrantes das Rondas Especias (Rondesp/Central), passaram a realizar
serviços administrativos até o fim da apuração das mortes.
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