Foto: AP Photo
Trinta e seis mineiros de uma mina de platina em Marikana, no noroeste
da África do Sul, foram mortos nesta sexta-feira (17) após a polícia
local abrir fogo durante uma manifestação. O comissário de polícia Riah
Phiyega disse que os policiais atiraram para se defender. Ele afirmou
que há 36 mortos, 78 feridos e 259 presos. Outras dez pessoas já haviam
sido mortas antes da tragédia desta quinta, em incidentes violentos
entre os próprios manifestantes e em confrontos com as forças de
segurança. O conflito começou pela disputa entre dois sindicatos rivais,
a majoritária Associação de Trabalhadores da Mineração e Construção
(AMCU) e a União Nacional de Mineiros (NUM), iniciada há uma semana,
logo após a declaração de uma greve. A polícia providenciou desde então
um amplo dispositivo para conter os manifestantes, que a imprensa
sul-africana calculou em cerca de três mil pessoas. Em comunicado
oficial, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, se disse "comovido e
consternado por esta violência sem sentido". "Acreditamos que há espaço
suficiente em nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa
mediante o diálogo, sem violência e sem descumprir a lei", afirmou.
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