Romário passou 84 dias preso sem ter cometido o crime |Foto: Correio
O
operador de fotocópia Romário Alves Maciel, de 25 anos, solto após
passar 84 dias presos na carceragem da 18ª Delegacia de Polícia (DP), em
Camaçari, fará uma visita ao irmão que está preso no Complexo
Penitenciário da Mata Escura, em Salvador. Em 2008, Rosemário Alves
Maciel, de 24 anos, realizou um assalto e, sem documentos, deu o nome de
Romário no depoimento depois que foi detido. O erro só foi descoberto a
partir da comparação das impressões digitais. Contatada pelo Bahia
Notícias, a Secretaria de Administração e Ressocialização Penitenciária
da Bahia (Seap) confirmou que Rosemário está no Presídio Salvador desde
janeiro de 2011. A pasta informou que o crime cometido pelo preso não é o
mesmo que levou Romário a ser detido no final de abril deste ano. Tanto
em 2008 quanto em 2011, Rosemário roubou celulares e, por isso, aguarda
julgamento na unidade prisional. Libertado na última quinta (19),
Romário participou do programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102,5.
No bate-papo com os apresentadores Uziel Bueno e Evilásio Júnior,
Romário afirmou que pretende visitar o irmão na cadeia. “Ele queria que
eu fosse lá fazer uma visita porque ninguém vai lá visitá-lo. Ele quer
me explicar porque usou o meu nome quando foi preso. Eu falei com minha
tia para esperar um tempinho e ir lá fazer essa visita”, contou. Romário
afirmou que na última sexta (20), dois ex-colegas de cela de Rosemário
foram levar um pedido de desculpas e uma mensagem para ele. Questionado
pela reportagem do programa matinal, o operador ainda não sabe o que
falará para o irmão quando estiver frente a frente com ele. “O coração
chega a disparar quando penso. Só Deus é quem sabe”, disse.
Perguntado se a felicidade em saber que o irmão estava vivo, já que a
família achava que ele teria morrido, era maior do que a revolta por ter
sido preso por engano, Romário afirmou: “Eu estou feliz que meu irmão
esteja vivo. Fiquei um pouco chateado porque ele complicou minha vida,
mas graças a Deus, a vocês da imprensa e ao meu tio que me ajudaram a se
livrar desse momento triste que eu passei na vida. Foram quase 84 dias
preso, com sofrimentos e humilhações. Mas, eu fico alegre por ele está
vivo. Nós fomos criados juntos, ele mandou até os colegas justificar que
ele ficou revoltado depois que minha mãe morreu e meu pai começou a
espancá-lo, mas eu passei por isso também e não precisei fazer o que ele
fez. Infelizmente ele foi pelo caminho errado, o das drogas. Se ele
tivesse o mesmo pensamento que o meu, ele viria morar com minha vó. Como
minha vó me criou, a gente criava ele também. Graças a Deus eu sempre
trabalhei, então a gente dava um jeito”, disse.
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