Foto: Reprodução / Correio Braziliense
O
arquiteto das formas ousadas e dos monumentos repletos de curvas era um
incômodo e um motivo de constrangimento para os militares durante a
Ditadura Militar. Segundo documentos do Arquivo Nacional analisados pelo
Correio Braziliense, o prestígio internacional de Niemeyer, que sempre
se declarou comunista, livrou-o de prisões e de interrogatórios mais
duros. Os arquivos comprovam que todas as atividades do arquiteto eram
monitoradas e que as declarações, os projetos e as entrevistas de Oscar
causavam desconforto entre os integrantes da alta cúpula. De acordo com o
jornal, um documento do Serviço Nacional de Informações (SNI) de 1973,
cujo assunto era “Oscar Niemeyer”, detalha em quatro páginas os passos
do arquiteto. O ofício possui informações principalmente de entrevistas,
encontros e das suas atividades. “O presente documento de informações
trata dos aspectos ideológicos das atividades de Oscar Niemeyer, não
tendo sido focalizados os casos de natureza técnico-administrativa
ligados a Brasília, como o plágio de Le Corbusier”, diz o documento
localizado através da Lei de Acesso à Informação. Um coronel teria se
empenhado ainda em divulgar o boato de que trabalhos do arquiteto seriam
um plágio dos projetos do arquiteto suíço Le Corbusier.
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