Parentes
das 199 vítimas do acidente com o Airbus A320 da TAM ainda aguardam,
cinco anos depois da tragédia, o julgamento dos denunciados. A Polícia
Civil, Polícia Federal e o Cenipa investigaram as causas do acidente,
mas as conclusões foram divergentes. Enquanto a PC apontou 11
responsáveis pela tragédia, o relatório final da PF não trouxe nenhum
indiciamento e defendeu que o fato ocorreu por erro dos pilotos. Quando
aconteceu o acidente, chovia e o avião estava com um de seus reversos
(parte de seu sistema de freio) desativado. Além disso, a pista do
aeroporto havia sido reformada e liberada há 20 dias sem o grooving –
ranhuras feitas para ajudar a frear as aeronaves. Enviado à 1ª Vara
Federal Criminal de São Paulo, o documento da PF foi criticado por
parentes das vítimas. Diante disso, o Ministério Público (MP) decidiu
denunciar três pessoas por atentado contra a segurança de transporte
aéreo: Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, à época diretor de
Segurança de Voo da TAM; Alberto Fajerman, que era vice-presidente de
Operações da TAM; e Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Anac.
Segundo a Justiça Federal de São Paulo, a denúncia foi aceita e os réus
foram citados e intimados a apresentar suas defesas prévias, por
escrito, o que já foi feito. Os denunciados esperam decisão do juiz, que
poderá absolvê-los sumariamente ou seguir com o processo e marcar
audiência para ouvi-los, assim como as testemunhas.
Informações do G1.
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