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Suprema Corte da Turquia comparou os sexos anal e oral a “práticas de
tortura, de violência sadomasoquista, zoofilia ou necrofilia”, em
sentença polêmica divulgada nesta quinta-feira (14). Os juízes
classificaram os dois tipos de relação como “antinaturais”, ainda que no
país nenhuma das práticas seja proibida. Na Turquia, apenas a difusão
de caráter pornográfico em meios escritos ou audiovisuais, exceto em
obras artísticas, é passível de pena. “A decisão de classificar como tal
o sexo oral e o anal mostra que o Tribunal não entende nem de
sexualidade nem da sociedade turca. [...] Além disso, é um indicador que
chama atenção para o auge de um conservadorismo autoritário na Turquia e
mostra que a vida privada começa a ser criminalizada para exercer
controle especialmente sobre mulheres e homossexuais”, protestou o
sexólogo Selçuk Candasayar, da Faculdade de Psiquiatria de Ghazi. Na
interpretação islâmica estrita, o sexo anal é considerado pecado, mas o
mesmo não ocorre com o oral, tipificado como “feio” e “desagradável”.
Informações do Terra.
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