Foto: Tiago Melo / Bahia Notícias
Além de planejarem a venda de frutas em uma “Feira da Sobrevivência”
na Praça da Piedade nesta quinta-feira (3), os professores estaduais
grevistas que acampam na Assembleia Legislativa da Bahia contam com a
ajuda – inclusive financeira – de outras entidades de classe para
permanecer no local o maior tempo possível. Segundo Marilene Betros,
vice-coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado
da Bahia (APLB), as doações variam entre R$ 10 mil e R$ 15 mil. Em
entrevista ao Bahia Notícias na tarde desta quarta (2), ela contou que a
ajuda também inclui alimentação. “Cada dia um sindicato se reveza”,
afirmou. Entre as organizações que prestam ajuda à APLB, de acordo com
Marilene, estão os sindicatos estaduais dos Policiais Civis (Sindipoc),
dos Servidores da Fazenda (Sindsefaz), dos Servidores do Poder
Judiciário (Sinpojud) e dos Médicos da Bahia (Sindimed), entre outros.
Ela relatou também que partidos políticos – ou representantes de
legendas como o PSB, o PSC e o PCdoB – teriam prestado auxílio ao
movimento. Porém, questionada se houve doação em dinheiro, a dirigente
não foi direta: “Tem ajudado com tudo que é possível”. A
vice-coordenadora da APLB garantiu ainda que a paralisação continuará
enquanto não houver decisão de retorno em assembleia. Perguntada se o
corte do ponto dos professores não poderia desestimular os docentes,
Marilene apostou em um efeito contrário. “Tivemos uma demonstração hoje
na Assembleia de que o corte aguçou a raiva dos professores”, apostou.
Em conversa com a reportagem, diversos grevistas reiteraram que não
tiveram acesso aos seus contracheques e reclamaram da postura do
governo. “A greve é um direito do trabalhador. Não dá para dizer que não
se negocia com quem está em greve”, criticou a dirigente da APLB.
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